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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Qual é o maior metrô do mundo?


É o lendário metrô de Londres. São 408 km de trilhos, o que em linha reta equivale quase à distância total entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Sua maior linha, Central Line, possui 83 km e supera a extensão de todo o sistema de metrô da cidade de São Paulo, que tem 60 km de trilhos. Inaugurado em 1863, o metrô londrino é também o mais antigo do mundo. Construído como parte de um plano de melhoria da cidade, ele nasceu com apenas 6 km de trilhos - mas, já no primeiro ano de funcionamento, 9,5 milhões de passageiros foram transportados, média de 26 mil por dia. Na cola do metrô londrino está o de Nova York, com 368 km de trilhos. Ele ganha de Londres em número de estações: 468 contra 275 estações londrinas. Nenhum dos dois, entretanto, ganha o título de maior número de passageiros. Nesse quesito, o campeão é o metrô de Moscou, na Rússia, que leva cerca de 8 milhões de pessoas por dia. E no Brasil? Por aqui, o maior e mais antigo é o metrô de São Paulo. Aberto em 1974, o sistema paulistano tem 60 km e transporta cerca de 4,9 milhões de passageiros por dia. No ranking mundial de tamanho, o metrô de Sampa ocupa o 37º lugar.

1863: Primeiro metrô do mundo

No dia 10 de janeiro de 1863, começaram a circular regularmente os metrôs em Londres. Um exemplo logo seguido por várias outras metrópoles que canalizaram o transporte público para debaixo do solo.

O primeiro metrô do mundo foi criado por pura necessidade. No começo do século 19, as ruas da capital britânica estavam completamente entupidas de carroças, carruagens e ônibus de dois andares puxados a cavalos. O criador do trem subterrâneo em Londres, Charles Pearson, disse certa vez que a única solução para os constantes engarrafamentos era transferir o transporte coletivo para cima de viadutos ou para debaixo da terra.

A administração pública decidiu-se pela segunda opção. O trem passaria por um túnel cavado entre os fundamentos de uma fileira de prédios. O engenheiro "sir" John Fowler chefiou as obras. Sob suas ordens, 3.500 operários começaram a arrancar casebres e barracos, deixando sem teto 12 mil pessoas, justamente da camada mais pobre da população. O sistema de dutos só se tornou possível graças à grossa camada de argila, que permitia escavações durante certo período de tempo sem que o túnel desabasse.

Movidos a vapor

Outro desafio era a forma de tração. Como ainda não havia sido inventada a energia elétrica, os trens subterrâneos de Londres começaram sendo movidos a vapor. Os gases eram recolhidos num vagão especial e só liberados fora do túnel. O sistema, entretanto, não era ideal, conforme noticiou o jornal Observer de 12 de janeiro de 1863:

"Apesar da excelente ventilação, os funcionários já começaram a sentir os efeitos negativos. Dois homens intoxicaram-se com o ar contaminado e tiveram que ser hospitalizados. (...) Infelizmente, é preciso reconhecer que o sistema de ventilação ainda não está apurado o suficiente. (...) Os passageiros terão que calcular com grandes desconfortos."

Por esse motivo, o primeiro traçado do metrô de Londres não era totalmente subterrâneo. Em alguns locais, os trilhos estavam abaixo do nível do solo, mas a céu aberto. Só a partir de 1890, com o advento da eletricidade, o traçado passou a ser todo debaixo da terra, pois não havia mais problemas de ventilação. Não demorou para que o metrô (ou "tubo", como era chamado) se tornasse a "menina dos olhos" dos londrinos.

Intervalos regulares

Logo foi desenvolvido um horário regular para os trens. O trecho principal, entre Paddington e o centro, tinha 6,5 quilômetros. Entre as 6 e 8 horas da manhã, havia um metrô a cada meia hora. Depois, a cada 15 minutos. Na primeira classe, a passagem custava 6 pence, na segunda, quatro, e, na terceira, três pence.

O sistema de Pearson e Fowler, inaugurado a 10 de janeiro de 1863, demonstrou tanta eficiência que, dois anos mais tarde, a passagem para pedestres por debaixo do Rio Tâmisa começou a ser usada pelo metrô.

A partir daí, não demorou para que a rede fosse ampliada dentro de Londres e área metropolitana. Outras metrópoles seguiram o exemplo. Budapeste, Paris e Berlim aplicaram os conhecimentos dos pioneiros britânicos no transporte subterrâneo.

A escolha do traçado, ligando os dois bairros afastados, Santana e Jabaquara, cortando a área central da cidade, foi devido a inexistência de alternativas de transporte coletivo ferroviário para os moradores e à preocupação de descongestionar o trânsito já caótico do centro de São Paulo.

Foi esta linha que marcou o nascimento do Metrô de São Paulo e foi nela que se concentraram as disputas que exigiram as opções tecnológicas que iriam fazer do metrô paulistano um dos mais velozes e modernos do mundo.


Inicio das obras do Metrô, 1968.
Inicio das obras do Metrô, 1968.

Para o prefeito Faria Lima, eleito em meados da década de 60, a implantação do sistema metroviário era uma das principais metas do seu governo. Para iniciar os estudos, foi criado, em 1966, o GEM - Grupo Executivo Metropolitano, antecessor do Metrô de São Paulo, que surgiria a 24 de abril de 1968.

Foi feita uma concorrência com organizações técnicas internacionais e nacionais para selecionar a empresa encarregada de elaborar os estudos econômico e financeiro e o pré-projeto de engenharia. O vencedor, em ambos os casos, foi o consórcio HMD, uma associação de duas empresas alemãs (Hochtief e Deconsult) e a brasileira Montreal.


Foi este consórcio o responsável pela proposta original, que começou a ser executada em dezembro de 1968. Dificuldades na obtenção de financiamento das obras, levaram o sucessor de Faria Lima a desacelerar o ritmo dos trabalhos, privilegiando outras obras viárias.